Em uma decisão liminar na noite desta quarta-feira (15), a 4ª Vara Empresarial do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro suspendeu os efeitos do contrato de venda da SAF do Vasco à 777 Partners e devolveu o controle do futebol ao clube. A decisão, assinada pelo juiz Paulo Assed Estefan, atende a um pedido da associação vascaína, presidida por Pedrinho.

A medida suspende os direitos da 777 Carioca LLC na SAF, incluindo os assentos no Conselho de Administração. O Conselho, que antes era composto por cinco representantes da 777 e dois do Vasco, agora terá apenas Pedrinho e Paulo César Salomão, representantes do clube.

A decisão do juiz se baseou no artigo 477 do Código Civil e nas recentes notícias sobre a situação financeira da 777, que enfrenta um processo por fraude nos Estados Unidos. O pedido do Vasco também citou possíveis irregularidades no cumprimento do contrato de venda da SAF, como o atraso no aporte de R$ 300 milhões previsto para setembro de 2023 e a possível troca de comando da empresa americana, o que violaria o acordo de acionistas.

Apesar das denúncias e da crise nos Estados Unidos, a 777 até o momento está em dia com suas obrigações financeiras com o Vasco. No entanto, a empresa enfrenta um cenário incerto, com a possibilidade de insolvência. Em contrapartida, a SAF do Vasco teve um prejuízo de R$ 123 milhões em 2023.

A decisão da Justiça é um duro golpe para a 777, que havia adquirido o controle do futebol do Vasco em setembro de 2022 com o objetivo de sanear as finanças do clube e profissionalizar a gestão. O futuro da SAF agora é incerto, e o clube terá que buscar soluções para garantir sua viabilidade a longo prazo.