São Paulo pedirá ao STJD anulação de partida contra o Fluminense por erro de arbitragem
9 de setembro de 2024 / 16:27
O São Paulo Futebol Clube anunciou que irá solicitar a anulação da partida contra o Fluminense, válida pela 25ª rodada do Campeonato Brasileiro, ao Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD). A partida, realizada no dia 1º de setembro no Maracanã e vencida pelo time carioca por 2 a 0, teve como ponto de discórdia o primeiro gol marcado pelo Fluminense, quando a equipe paulista alega que houve um erro de direito cometido pelo árbitro Paulo Cesar Zanovelli.
A contestação do São Paulo se concentra no lance que originou o gol de Kauã Elias. O clube sustenta que o árbitro aplicou de forma equivocada a regra da vantagem, após uma falta cometida por Calleri sobre Thiago Santos. Durante a jogada, o zagueiro Thiago Silva teria entendido que a falta havia sido marcada e, ao pegar a bola com a mão, reiniciou a ação que culminou no gol. O São Paulo reclama que o árbitro deveria ter interrompido a jogada, já que, segundo o clube, houve uma falta clara de Thiago Silva ao tocar a bola com as mãos.
Inicialmente, o árbitro Zanovelli justificou sua decisão ao afirmar que havia concedido a vantagem no lance, mas a conversa divulgada com o árbitro de vídeo (VAR), Igor Benevenuto, mostrou uma contradição na análise. “Eu ia dar a vantagem, o jogador (Thiago Silva) para e bate a falta. Eu dei sinal de falta. Vamos seguir. Eu dei a vantagem, eu segui. É gol legal”, declarou Zanovelli durante a checagem.
A direção do São Paulo já havia formalizado um protesto junto à Confederação Brasileira de Futebol (CBF) antes mesmo da divulgação do áudio da conversa entre o árbitro e o VAR. No entanto, com a repercussão dos fatos, o clube decidiu intensificar sua ação e reavaliar o caso. Nos próximos dias, o São Paulo deverá oficializar o pedido de anulação da partida ao STJD, conforme informado pela “Folha de S. Paulo”.
O episódio gerou discussões entre as diretorias do São Paulo e da CBF. O presidente do clube paulista, Julio Casares, já havia se encontrado com o presidente da confederação, Ednaldo Rodrigues, para tratar do assunto, mas a nova movimentação demonstra que o caso está longe de ser considerado encerrado.