São Paulo fecha 2023 com déficit recorde, mas bate recorde de arrecadação
19 de março de 2024 / 09:22
O São Paulo encerrou o ano de 2023 com um déficit de R$ 62,2 milhões, o maior da história do clube, mas também com um recorde de arrecadação: R$ 680,7 milhões.
O resultado, ainda a ser apresentado e votado no Conselho Deliberativo, evidencia a estratégia da diretoria de investir no futebol profissional em busca de títulos. Em 2023, o Tricolor gastou R$ 76,7 milhões com o elenco, entre contratações e renovações, e conquistou a Copa do Brasil.
Prioridade no futebol e impacto nas finanças
A diretoria optou por manter jogadores importantes, como Beraldo e Pablo Maia, mesmo com propostas de cerca de 12 milhões de euros cada. Beraldo acabou vendido no final do ano ao PSG por 20 milhões de euros, com o São Paulo ficando com 60% do valor.
Apesar da alta receita, o clube teve problemas de caixa e atrasou o pagamento de direitos de imagens aos jogadores.
Dívida e projeções
O balanço de 2023 apresenta um total de R$ 147 milhões em empréstimos contraídos e R$ 149 milhões amortizados. O déficit de R$ 62,2 milhões elevou a dívida total para R$ 666 milhões, valor inferior à receita do ano.
“Preferimos investir no futebol e manter jogadores. Poderíamos ter negociado mais atletas, mas qual é o valor do gol que o Nestor fez na final da Copa do Brasil?”, disse o presidente Julio Casares, reeleito no final de 2023.
Dados financeiros do São Paulo (2020-2023)
2023: R$ 680,7 milhões 2022: R$ 660,5 milhões 2021: R$ 425,2 milhões 2020: R$ 415,6 milhões Perspectivas para o futuro
A estratégia de investir no futebol profissional gerou um alto custo financeiro, mas também resultou na conquista da Copa do Brasil. O desafio da diretoria será equilibrar as contas e manter a competitividade do time nos próximos anos.