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Projeto no Senado proíbe participação de celebridades em publicidade de sites de apostas esportivas

Aprovado e sancionado no ano passado, o projeto que regulamenta as apostas esportivas no Brasil ainda gera debate no Senado Federal. Na Comissão de Esporte, duas propostas divergentes tramitam: uma que proíbe a participação de celebridades em publicidade de apostas e outra que torna obrigatória a divulgação do VAR em transmissões ao vivo.

Geraldo Magela/Agência Senado

O senador Eduardo Girão (Novo-CE) propõe proibir a participação de celebridades com poder de influência sobre os apostadores em anúncios de casas de apostas. Para ele, o futebol, “patrimônio do povo brasileiro”, está sob ameaça com a “invasão” da publicidade de apostas, presente em camisas de times, placas nos gramados e propagandas.

“É na camisa do seu time, nas placas dos gramados, é na propaganda que acontece essa invasão. Ou se proíbe ou se regulamenta, vedando a publicidade a isso, porque tem até jogador de futebol fazendo propaganda”, argumenta Girão.

Outra proposta em análise, do senador Nelsinho Trad (PSD-MS), visa aumentar a transparência no futebol. O projeto torna obrigatória a divulgação instantânea das imagens e sons da comunicação entre árbitros e assistentes de vídeo (VAR) durante transmissões ao vivo.

Trad defende a medida como forma de “dar mais transparência ao futebol”. Já o relator da matéria, senador Carlos Portinho (PL-RJ), discorda da mudança. Para ele, não é papel do Estado intervir nesse tema.

“Tem projetos que precisam ser aprovados, tem outros que nem precisam. Você vê que a própria CBF está esperando a autorização da FIFA justamente, está sendo testado no mundo para que esse áudio, que é o objeto, a intenção do legislador, a própria FIFA em sua regulamentação, como entidade privada que é, ela já está em teste para que seja anunciada a decisão do árbitro”, argumenta Portinho.

A Comissão de Esporte decidirá, em caráter terminativo, sobre a proposta que obriga a divulgação dos áudios e vídeos do VAR. Se aprovada, a matéria segue direto para a Câmara dos Deputados, sem passar pelo plenário do Senado.