A contratação do técnico português Vasco Matos pelo Botafogo sofreu uma reviravolta na madrugada desta quarta-feira (19). O treinador, que já tinha um acordo encaminhado com o clube carioca, acabou optando por permanecer no Santa Clara, de Portugal, que anunciou a renovação de seu contrato até 2027.

A desistência foi motivada por divergências entre as partes. Enquanto Matos alega que o Botafogo não conseguiu garantir que suas licenças seriam reconhecidas para atuar em competições como a Conmebol Libertadores, o clube sustenta que o treinador omitiu informações sobre suas credenciais. A falta da licença PRO da UEFA, necessária para o comando em torneios continentais, teria sido descoberta apenas após uma verificação interna.

O Botafogo havia oferecido um contrato de dois anos e estava disposto a pagar a multa rescisória de 1 milhão de euros (cerca de R$ 5,9 milhões) ao Santa Clara. Vasco Matos viajaria ao Brasil acompanhado de sua comissão técnica, composta por cinco profissionais. No entanto, o desfecho inesperado faz com que o clube carioca retome a busca por um novo treinador.

O nome de Vasco Matos era um dos primeiros da lista alvinegra, que também incluiu opções como André Jardine, Tata Martino, Rafa Benítez, Tite e Roberto Mancini. Com a desistência do português, Cláudio Caçapa segue como interino, aguardando a definição de um novo comandante.

Enquanto isso, o Botafogo se prepara para a viagem a Buenos Aires, onde enfrenta o Racing na quarta-feira, pelo jogo de ida da Recopa Sul-Americana. O Alvinegro conquistou o direito de disputar o torneio após vencer a Conmebol Libertadores.