O ataque ao ônibus do Fortaleza na madrugada de quinta-feira (22) deixou um saldo preocupante: mais de 1.200 lesões físicas em seis jogadores, segundo o Diretor do Departamento de Performance do clube, Cláudio Maurício.
Em entrevista à TV Verdes Mares, Maurício detalhou a gravidade das lesões, que incluem contusões, perfurações, queimaduras de segundo grau e deformidades definitivas. “Não tenho dúvidas de que não estamos hoje velando alguém por segundos ou pela mão de Deus. Porque muitas das lesões poderiam ser fatais por centímetros”, garantiu.
O médico também destacou o impacto psicológico do ataque, com os jogadores sofrendo de estresse pós-traumático. “Isso é difícil de mensurar, mas os estudos já mostram que o estresse pós-traumático tem efeitos, tem causas somáticas reais”, explicou.
Lateral Escobar é o caso mais grave
O lateral-esquerdo Escobar, que levou 13 pontos entre a boca e a sobrancelha, é o jogador que precisará de mais tempo para se recuperar. Ele foi diagnosticado com traumatismo cranioencefálico e está recebendo acompanhamento médico e psicológico.
Clube oferece suporte aos jogadores
O Fortaleza montou uma força-tarefa para oferecer suporte psicológico aos jogadores, com acompanhamento de psicólogos e psiquiatras. “Nem todos os atletas têm família aqui, alguns tem, alguns uma parte apenas. A gente tem tentado ir à casa deles para dar esse suporte, mas também trazê-los para o clube, até porque o convívio com os colegas ajuda”, disse Maurício.
Reapresentação e próximos jogos
O Fortaleza se reapresentou no fim de semana com um treino aberto ao torcedor, que compareceu em peso para demonstrar apoio. A partida contra o Fluminense-PI pela Copa do Brasil foi adiada de 29 de fevereiro para 3 de março a pedido do clube.
O que aconteceu?
O ônibus do Fortaleza foi apedrejado por torcedores do Sport após o empate entre as duas equipes na última quinta-feira (22). Seis jogadores ficaram feridos, sendo que o lateral-esquerdo Escobar foi o mais grave.
Repercussão
O ataque ao ônibus do Fortaleza gerou grande repercussão no mundo do futebol. Clubes, jogadores e entidades se manifestaram repudiando a violência e pedindo punição exemplar para os responsáveis.
Investigação
A Polícia Civil de Pernambuco está investigando o caso. Até o momento, 10 pessoas foram identificadas e três delas foram presas.