A estreia de Lionel Messi na Major League Soccer (MLS) em 2024 pode ser com árbitros substitutos. O sindicato da categoria profissional na América do Norte (PSRA) rejeitou um acordo com a Organização dos Árbitros Profissionais (PRO), responsável por fornecer árbitros para a liga.

Em votação realizada neste sábado (17), 95,8% dos árbitros se posicionaram contra o acordo proposto. A PRO, por sua vez, anunciou que bloqueará os árbitros da MLS a partir deste domingo (18), o que coloca em risco a abertura da temporada, prevista para a próxima quarta-feira (22).

O Inter Miami, time de Messi, estreia na temporada contra o Real Salt Lake. A partida também marcará a estreia oficial do atacante Luis Suárez pelo novo time.

O último acordo entre o sindicato dos árbitros e a PRO expirou no dia 15 de janeiro. A última vez que a MLS utilizou árbitros substitutos foi nas duas primeiras semanas da temporada 2014.

Motivações da greve

O sindicato dos árbitros alega que o acordo provisório apresentado pela PRO não oferece um pacote econômico suficiente para melhorar a qualidade de vida dos profissionais. A entidade, que conta com 260 membros, reivindica:

• Compensação justa: O sindicato argumenta que o crescimento da MLS aumentou significativamente as exigências mentais e físicas dos árbitros, e que a remuneração atual não acompanha esse crescimento.
• Melhores condições de trabalho: Os árbitros pedem melhores condições de trabalho, como mais tempo de descanso entre jogos e melhor suporte para viagens.

Possíveis impactos da greve

A greve dos árbitros pode ter diversos impactos na MLS, entre eles:

• Atraso no início da temporada: A abertura da temporada, prevista para a próxima quarta-feira (22), pode ser adiada.
• Qualidade dos jogos: A utilização de árbitros substitutos pode afetar a qualidade dos jogos.
• Reputação da liga: A greve pode prejudicar a reputação da MLS como uma liga profissional de alto nível.

Negociações em andamento

A PRO e o sindicato dos árbitros continuam negociando em busca de um acordo. A PRO afirma que está comprometida em encontrar uma solução que seja justa para ambas as partes.

O que dizem os envolvidos

• Mark Geiger, gerente-geral da PRO: “Não resta escolha a não ser instituir um bloqueio e usar árbitros de unidade qualificados e sem negociação, para que os jogos possam correr como programado.”
• Peter Manikowski, presidente do sindicato dos árbitros: “O crescimento vertiginoso da MLS aumentou significativamente as exigências mentais e físicas e do nosso tempo profissional como pessoal. Nossos membros estão pedindo não apenas uma compensação justa num momento em que a liga relata um crescimento recorde, mas também a capacidade de cuidar de si mesmos na estrada e em casa para continuar a arbitrar no mais alto nível que este esporte exige.”