O lançamento do documentário “O Ninho: Futebol & Tragédia” na Netflix nesta quinta-feira (14) reacende a discussão sobre a tragédia que vitimou 10 jovens no Centro de Treinamento do Flamengo em 2019 e promete influenciar as eleições do clube em dezembro.

O documentário expõe a postura do clube, tanto da atual gestão de Rodolfo Landim quanto da anterior de Eduardo Bandeira de Mello, como negligente e insensível ao lidar com a tragédia. A recusa em conceder entrevistas e a condução do departamento jurídico, como a contestação de indenizações às famílias das vítimas, geram críticas contundentes.

A situação é particularmente delicada para Rodrigo Dunshee de Abranches, vice-presidente geral e jurídico, cotado para ser o candidato de Landim à reeleição. Sua condução na área jurídica e declarações polêmicas sobre o caso o colocam em posição vulnerável.

Bandeira de Mello, que era presidente na época da instalação dos contêineres, também é atingido. O documentário apresenta depoimentos que o acusam de ter conhecimento das condições precárias dos alojamentos, fragilizando suas pretensões de retornar à presidência.

Apesar de expor a negligência do Flamengo, o documentário não traz respostas sobre a responsabilização dos culpados. A impunidade, que perdura há mais de cinco anos, gera revolta entre familiares das vítimas e torcedores.

O documentário “O Ninho: Futebol & Tragédia” é um registro importante da tragédia e serve como um lembrete da necessidade de justiça e mudanças no futebol brasileiro. A repercussão nas eleições do Flamengo e a busca por responsabilização dos culpados serão os próximos capítulos dessa história.