O presidente do Conselho Deliberativo do Corinthians, Romeu Tuma Junior, anunciou nesta quinta-feira (21) a convocação de uma reunião extraordinária para discutir o impeachment de Augusto Melo, atual presidente do clube. A votação está marcada para o dia 28 de novembro, às 18h, no Parque São Jorge.

A decisão ocorre em meio às investigações conduzidas pela Comissão de Ética do clube, que analisa possíveis irregularidades no contrato de patrocínio com a empresa VaideBet. O pedido de impeachment foi apresentado por mais de 80 conselheiros e processado pela Comissão de Ética, mas sua análise enfrentou resistência inicial devido à pendência de inquéritos policiais sobre o caso.

Impeachment divide opiniões no clube

Apesar de um parecer inicial sugerir a suspensão do processo até o encerramento das investigações da Polícia Civil, Romeu Tuma Junior decidiu dar continuidade à tramitação. Ele justificou a convocação citando obrigações previstas no estatuto do clube e na legislação brasileira. “Os fatos nos demandam que atuemos com ciência das consequências, sob o risco de sermos implicados por negligência ou conivência”, afirmou Tuma em nota oficial.

O processo de impeachment, que possui caráter tanto jurídico quanto político, exige a aprovação da maioria dos conselheiros. Caso aprovado, Augusto Melo será afastado temporariamente até uma votação final na Assembleia Geral dos associados do clube.

Repercussão e próximos passos

Augusto Melo, que tomou posse no início de 2024, pode ter o mandato, previsto para terminar em 2026, interrompido. Além dele, outros membros da diretoria, como Armando Mendonça (vice-presidente) e antigos dirigentes, também estão sendo investigados no mesmo caso.

Segundo Tuma, a decisão de convocar a votação só foi tomada após a equipe se livrar do risco de rebaixamento no Campeonato Brasileiro, visando evitar instabilidade no ambiente esportivo do clube.