Bruno Henrique, jogador do Flamengo, é alvo de operação da PF por suspeita de manipulação em apostas
5 de novembro de 2024 / 09:16
A Polícia Federal e o Ministério Público do Rio de Janeiro deflagraram, nesta terça-feira, uma operação que investiga o atacante Bruno Henrique, do Flamengo, por suspeita de manipulação de resultado no Campeonato Brasileiro. Segundo as autoridades, o jogador teria recebido um cartão amarelo intencionalmente no jogo entre Flamengo e Santos, no dia 1º de novembro de 2023, para favorecer apostadores.
A ação policial envolveu cerca de 50 agentes e cumpriu 12 mandados de busca e apreensão no Rio de Janeiro e em Minas Gerais. Entre os locais investigados estão o Centro de Treinamento do Flamengo, o Ninho do Urubu, a sede social do clube na Gávea e a residência do jogador na Barra da Tijuca, onde foram apreendidos um computador e um telemóvel. Não foram emitidos mandados de prisão.
Além de Bruno Henrique, também são investigados familiares e amigos do jogador. Entre os alvos estão seu irmão, Wander Nunes Pinto Junior, a cunhada Ludymilla Araujo Lima e a prima Poliana Ester Nunes Cardoso. Nomes como Elias Bassan e Henrique Mosquete do Nascimento, residentes em Belo Horizonte, também estão envolvidos; todos são ex-jogadores ou atuam como amadores.
A investigação teve início após a IBIA (Internacional Betting Integrity Association) detectar um volume anormal de apostas prevendo um cartão amarelo para Bruno Henrique na partida contra o Santos. O jogador, que entrou em campo “pendurado” com dois cartões, foi advertido pelo árbitro aos 50 minutos do segundo tempo, quando o Flamengo perdia por 2 a 1. Após a falta em Soteldo, Bruno Henrique recebeu o cartão e foi expulso ao contestar a decisão do árbitro.
Com 33 anos, Bruno Henrique é considerado um dos principais jogadores do Flamengo desde 2019, acumulando títulos importantes, incluindo duas Libertadores e dois Campeonatos Brasileiros. No próximo compromisso da equipa, nesta quarta-feira contra o Cruzeiro, pelo Brasileirão, o atleta segue relacionado. Até o momento, o Flamengo não se pronunciou sobre a investigação.