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Por Felipe Gesteira
Jesus está voltando? Se minha avó Carmélia, evangélica fervorosa como era, fosse viva, diria que sim, mas referindo-se ao filho de Deus, cultuado nas religiões cristãs. Diante da prevalência cristã no Brasil, um país laico na Constituição Federal e laico-cristão na vida real, esta não é a primeira vez que o esporte paixão nacional e quase religião faz uso do trocadilho. Estamos falando do técnico português, Jorge Jesus, que fez história no Flamengo com uma temporada memorável, uma das mais vencedoras do clube, e que na época diziam “Jesus salva”. Mas Jesus também passou pelo Palmeiras. Quando o atacante Gabriel Jesus foi revelado e era anunciado para entrar em campo, a torcida cantava “Glória, glória, aleluia, vencendo vem Jesus”.
Escrevo este texto com quase um dia de diferença entre a finalização dele e sua publicação. Logo, assumo o grande risco de chegar já vencido, visto que posso ser atropelado pelo noticiário ‘quente’. Se Jesus Cristo de fato voltará, não temos como saber. Mas o treinador Jorge Jesus está entre os mais cotados para assumir o comando técnico da Seleção Brasileira de futebol masculino. E mesmo que o presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), senhor Ednaldo Rodrigues, resolva anunciar o novo técnico antes desta coluna ser publicada, ainda poderemos considerar outras questões.
A primeira é um tema já exaustivamente debatido na imprensa esportiva, entre comentaristas e até aqui mesmo neste espaço: a real necessidade de um treinador gringo. Entrar nessa discussão, a essa altura, seria andar em círculos. Se a Seleção Brasileira precisa mesmo de um treinador estrangeiro, após tanta pressão, me parece mais uma decisão política. A CBF vem errando no planejamento do ciclo para a Copa do Mundo de 2026. Desde a saída de Tite, nenhum treinador teve tempo suficiente para fazer um trabalho decente. Vale lembrar que no caso das seleções, os comandantes não estão diariamente com os jogadores à disposição, como acontece nos clubes.
Vejamos o caso de Fernando Diniz, eu particularmente não acho que esteja à altura da Seleção, mas trata-se de um treinador que costuma apresentar resultados após certo tempo. A ele não deram tempo. Acredito que erraram os dois: quem o contratou, ao colocar um profissional como interino para esquentar o banco de Carlo Ancelotti – que acabou não vindo -, e o próprio ao aceitar aquelas condições. Dorival teve mais tempo, não apresentou um trabalho suficientemente bom, tampouco lhe foi dado o prazo de um ciclo. Fez o que pôde dentro do possível e infelizmente foi pouco.
Há técnicos brasileiros competentes para o cargo. Nas últimas semanas tenho visto Rogério Ceni, Roger Machado e Renato Gaúcho entre os mais lembrados para a Seleção. Acredito que estejam no mesmo patamar profissional, mas diante do caos, para chegar e conseguir dar jeito em pouco tempo, destes três eu apostaria em Renato Gaúcho como mais apto, mas até a publicação desta coluna ele poderá já ter fechado com o Fluminense.
Ronaldo Fenômeno, que chegou a se articular para tomar o posto de Ednaldo Rodrigues, disse em entrevista que seu plano A para a Seleção caso ele fosse presidente da CBF seria Pep Guardiola. É infinitamente superior a Fernando Diniz, mas outro que precisaria de tempo. Na urgência que temos, sob muita pressão e necessidade que dê certo de imediato, pois o Brasil não pode novamente perder tempo à espera de Ancelotti, considero Jesus uma ótima solução. Que venha para nos salvar, pois tratando-se de Seleção Brasileira, torcemos todos – ou quase – para que dê certo.
Texto publicado originalmente na edição de 4.4.2025 do jornal A União.